Plantas do PNRVT - O lódão-bastardo
Lódão-bastardo (Celtis australis, L.1753)
Família: Ulmaceae
A Celtis australis (nomes comuns: lódão-bastardo, ginginha-do-rei ou lodoeiro) é uma espécie de árvore caducifólia da família das Ulmáceas.
A árvore tem um crescimento lento mas a atinge uma altura máxima de até 30 metros. Tem um tronco direito, grosso, com a casca cinzenta, quase lisa, sem estrias ou fendas marcadas (aparecem pequenas saliências nas árvores mais velhas). A copa é redonda, com muitos ramos direitos e ramos finos ligeiramente pendentes. Entre março e maio aparecem pequenas flores solitárias de cor amarelo esverdeada e sem pétalas. O fruto é carnudo, liso e de forma esférica; é comestível e doce, com cerca de 1 cm de diâmetro. A maturação ocorre entre setembro e outubro e o fruto permanece na árvore até ao inverno. Cada fruto tem apenas uma semente (caroço).
O lódão-bastardo tem inúmeros usos, sendo aplicada quer na medicina tradicional (as suas folhas têm propriedades antidiarreicas e anti-hemorrágicas) quer no fabrico de utensílios (a sua madeira tem uma boa relação peso-resistência) agrícolas (como cabos de ancinhos e outras alfaias agrícolas) e carpintaria (mobiliário, pavimentos e portas).
Dentro do PNRVT, a árvore pode ser observada em diversos locais, por exemplo, na Microrreserva de Amieiro-Safres-S.Mamede de Ribatua.